Thursday, February 14, 2008

Ciberjornalismo na maior festa tecnológica do país de 2008?

A Campus Party ontem foi anunciada como o maior evento tecnológico não do país, mas do mundo. O que certamente é um exagero, vide alguns eventos festivos-tecnológicos que ocorrem nos Estados Unidos, algumas feiras e afins.
Mas que seja senão o maior, o mais significativo do Brasil em 2008. E em um evento deste porte, com mais de 3 mil pessoas circulando pela área restrita - onde se encontram as bancadas de computadores (CompusBlog, BarCampus, Criatividade, Desenvolvimento, Games, Modding, Robótica, Software Livre e Astronomia); os palcos com as palestras e o que compõe efetivamente este evento: as diversas comunidades de ativistas ou de utilizadores de internet - e com vários e vários jornalistas, senão cobrindo participando ativamente (blogueiros, vinculados a ONGs, a instituições), não há discussões sobre Ciberjornalismo.
Então, o espaço por excelência coleguinhas acabou ficando o CampusBlog, mas ciberjornalista não é blogueiro. Este pode ser ciberjornalista, se assim desejar e - efetivamente - praticar.
Questões mais amplas como Jornalismo Participativo, incorporação de blogs pela grande imprensa, surgimento dos blogs jornalísticos, delimitações entre um blog e outras ferramentas de publicação, categorizações de blogs; e mais específicas como o que caracteriza um blog como jornalístico, o que é notícia ou o que é informação, diferenças entre informação e conteúdo, dentre outras ficaram à margem.
Ontem, durante a palestra de Edney Souza, do Interney, um dos mais conhecidos blogueiros do país, com dicas de "como ser um blogueiro de sucesso e influenciar pessoas", ficou evidente a necessidade de discussões em pouco mais específicas sobre Ciberjornalismo.
Afinal, temos bons estudos e boas práticas neste país em Ciberjornalismo para quê? Para avnaçarmos ou para definirmos áreas estanques ou nichos. A discussão da dicotomia entre teoria e prática no jornalismo é dos anos de 1970. Época que talvez a maioria das pessoas ali ou tenham nascido ou somente ouviram falar pelas cores brilhantes, roupas extravagantes ou pelo glam rock ou porque devia ser difícil viver sem internet.

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