Wednesday, October 14, 2009

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Friday, January 16, 2009

Bushismos


Nunca dantes na história americana os comediantes haviam sido tão felizes ao acompanhar um presidente. Nunca antes o estadunidense médio, para nem falar na intelectualidade, havia se envergonhado tanto.

George W. Bush, o "dábliu", tem vários momentos nebulosos em sua vida pública e privada. O primeiro livro que li sobre W foi "Fortunate Son: George W. Bush and the Making of an American President", uma biografia não autorizada escrita por James Howard Hatfield, que aparentemente cometeu suicídio em 2001, dois anos após a publicação. Hatfield afirma que Bush filho sempre recebeu tratamento diferenciado, foi preso por posse de cocaína, em 1972, no Texas, e somente chegou à presidência por pertencer a uma espécie de oligarquia americana.
vários outros livros e filmes, sendo mais conhecidos os do Michael Moore: Stupid White Men ...and Other Sorry Excuses for the State of the Nation!,
Dude, Where's My Country? e Fahrenheit 9/11.

E esse foi o homem mais poderoso do mundo nos últimos oito anos.
Os bushismos são seus aforismos:

Sobre si mesmo

"Eles me mal-subestimaram."
(Bush inventou a palavra 'misunderestimated')
Bentonville, Arkansas, 6 de novembro de 2000

"Não há dúvida de que no minuto em que eu fui eleito, as nuvens de tempestade no horizonte estavam chegando quase diretamente sobre nós."
Washington, 11 de maio de 2001

"Eu quero agradecer ao meu amigo, o senador Bill Frist, por se juntar a nós hoje. Ele se casou com uma menina do Texas, eu quero que vocês saibam. Karyn está conosco. Uma menina do Oeste do Texas, exatamente como eu."
Nashville, Tennessee, 27 de maio de 2004

Sobre política externa

"Há um século e meio, os Estados Unidos e o Japão formam uma das maiores e mais duradouras alianças dos tempos modernos."
(Bush se esquecendo da Segunda Guerra Mundial)
Tóquio, 18 de fevereiro de 2002

"A guerra contra o terror envolve Saddam Hussein por causa da natureza de Saddam Hussein, da história de Saddam Hussein, e a sua determinação de aterrorizar a si mesmo."
Grand Rapids, Michigan, 29 de janeiro de 2003

"Eu acho que a guerra é um lugar perigoso."
Washington, 7 de maio de 2003

"O embaixador e o general estavam me relatando sobre a – a grande maioria dos iraquianos querem viver em um mundo pacífico e livre. E nós vamos achar essas pessoas e levá-las à Justiça."
Washington, 27 de outubro de 2003

"Sociedades livres são sociedades cheias de esperança. E sociedades livres serão aliadas contra os poucos odiosos que não têm consciência, que matam ao gosto de um chapéu."
Washington, 17 de setembro de 2004

"Você sabe, uma das partes mais difíceis do meu trabalho é conectar o Iraque à guerra ao terrorismo."
Washington, 6 de setembro de 2006

Sobre educação

"Ler é básico para todo o aprendizado."
Reston, Virginia, 28 de março de 2000

"Como governador do Texas, eu estabeleci altos padrões para as nossas escolas públicas, e eu cumpri esses padrões."
Entrevista à CNN, 30 de agosto de 2000

"Você ensina uma criança a ler, e ele ou ela ('he or her' em inglês, em vez do correto: 'he or she') vai conseguir passar em um teste de escrita."
Townsend, Tennessee, 21 de fevereiro de 2001

Sobre economia

"Eu entendo o crescimento dos negócios pequenos. Eu fui um."
Entrevista ao New York Daily News, 19 de fevereiro de 2000

"É claramente um orçamento. Tem muitos números nele."
Entrevista à agência de notícias Reuters, 5 de maio de 2000

"Eu continuo confiante em Linda. Ela será uma ótima secretária de Trabalho. Do que eu li na imprensa, ela é perfeitamente qualificada."
Austin, Texas, 8 de janeiro de 2001

"Primeiro, deixe-me esclarecer bem, pessoas pobres não são necessariamente assassinos. Só porque você não é rico, não significa que você está disposta a matar."
Washington, 19 de maio de 2003

Sobre saúde

"Eu não acho que nós devamos ser sublimináveis sobre a diferença entre nossos pontos de vista sobre remédios que exigem prescrição."
(Bush inventou a palavra 'subliminable')
Orlando, Flórida, 12 de setembro de 2000

"Doutores demais estão deixando o negócio. Muitos obstetras e ginecologistas não estão podendo praticar o seu amor às mulheres pelo país."
Poplar Bluff, Missouri, 6 de setembro de 2004

Sobre tecnologia

"Seria um erro para o Senado americano permitir que qualquer tipo de clonagem humana saísse daquela sala."
Washington, 10 de abril de 2002

"A informação está em movimento. Você sabe, o noticiário da noite é uma forma, é claro, mas também está se movimentando pela blogosfera e através das internets."
Washington, 2 de maio de 2007

Sobre governar

"Eu tenho uma visão diferente de liderança. Uma liderança é alguém que consegue unir as pessoas."
Bartlett, Tennessee, 18 de agosto de 2000

"Eu sou o decisor, e eu decido o que é melhor."
Washington, 18 de abril de 2006

"E a verdade é que muitos relatórios de Washington nunca são lidos por ninguém. Para mostrar como este é importante, eu o li e Tony Blair o leu."
Sobre o relatório Baker-Hamilton, em Washington, 7 de dezembro de 2006

"A única coisa que posso dizer é que quando o governador liga, eu atendo o telefone."
San Diego, Califórnia, 25 de outubro de 2007

"Eu já terei morrido há anos antes que alguma pessoa esperta descubra o que aconteceu dentro do Salão Oval."
Washington, 12 de maio de 2008

Sobre outros assuntos

"Eu sei que os seres humanos e os peixes podem coexistir pacificamente."
Saginaw, Michigan, 29 de setembro de 2000

"Famílias são onde a nossa nação encontra esperança, onde as asas viram sonhos."
LaCrosse, Wisconsin, 18 de outubro de 2000

"Aqueles que entram no país ilegalmente violam a lei."
Tucson, Arizona, 28 de novembro de 2005

"Isso é George Washington, o primeiro presidente, é claro. O que é interessante sobre ele é que eu li três – três ou quatro livros sobre ele no último ano. Isso não é interessante?"
Washington, 5 de maio de 2006

Os bushismos foram elaborados pela BBC

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Saturday, November 15, 2008

Blogagem Política - A livre troca é a base de qualquer avanço. Não à lei Azeredo


Hoje, 15 de novembro, é dia da Blogagem Política Coletiva II, contra a Lei Azeredo (cibercrimes), pela liberdade na internet. A ação via blogs pode ser o ápice do movimento ciberativista após uma intensa semana de movimentações contra esta lei com artigos absurdos que tramita na Câmara em caráter de urgência.

Na quinta-feira, vários movimentos em defesa da cultura livre estiveram presentes na Audiência Pública na Câmara dos Deputados, com argumentos mais que convincentes da impropriedade que está sendo proposta. Protocolada pela Safernet, com a apoio de outras instituições, a solicitação desta audiência é uma resposta a primeira petição online contra a lei de cibercrimes, que foi lançada pelos ativistas baianos e angariou 13.332 assinaturas.

Já com o apoio e liderança de Sérgio Amadeu, André Lemos e João Carlos Caribé, nova petição direcionada ao Senado junto ao manifesto "Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira", alcançou 70 assinaturas em 14 dias e possui hoje mais de 120 mil. Assine.

Duas questões me incomodam profundamente nesse processo. A primeira é da miopia de um poder legislativo querer coibir a livre troca de informações entre usuários. A lógica da internet, muitas vezes comparada a da produção do conhecimento através da comunidade científica, fundamenta-se na livre circulação das informações, de dados, de arquivos. A troca de informações expandiu-se para além de qualquer muro e indica uma forma diferenciada de pensar e gerir negócios. A interdependência de conhecimentos e pessoas, a participação, a cooperação, a colaboração, somente é possível em função desta dinâmica em rede, colaborativa. Talvez com ela venhamos inclusive a pensar e propor modelos econômicos diferenciados. Com a aprovação da Lei Azeredo a livre troca de arquivos divulgando informações no modelo um-todos pode ficar inviabilizada via internet, limitando inclusive a produção do conhecimento científico.

A segunda é a vinculação da lei de Cibercrimes com as solicitações referentes a uma maior transparência em defesa dos direitos humanos, pela própria Safernet, devido a ações de pedófilos. Como se uma questão se restringisse à outra. Como bem disse Pádua, "as máscaras caíram", pois a lei que pune a pedofilia via internet foi aprovada na terça-feira passada, 11/11. A Safernet, feita por ativistas do Projeto Software Livre da Bahia, atenta para este tipo de ação de deputados vinculados a interesses outros do que o bem social, desde aquele primeiro momento se posicionou e chamou a atenção da sociedade civil.

Talvez a audiência tenha conseguido avanços significativos, porém somente teremos certeza mediante votação de um texto coerente. Cabe-nos a manifestação, a nos pronunciarmos, discutirmos, agirmos.

Esse artigo participa da blogagem política coletiva II, contra o Projeto de Lei de Cibercrimes do Senador Eduardo Azeredo.

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Sunday, November 09, 2008

Tributo a uma semana histórica

O sonho anunciado em 1963:



Os familiares e equipe de Obama nos bastidores no momento do reconhecimento da vitória pela imprensa, do discurso de concessão de McCain e do discurso do presidente eleito.

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Friday, November 07, 2008

"Presidente eleito" encerra saga do New York Times sobre a campanha americana

O New York Times divulgou hoje o quarto capítulo do vídeo "Escolhendo um presidente" que retrata a construção da campanha presidencial nos Estados Unidos. Com as longas fila de votação e a emoção dos eleitores em belíssimas fotos que compõem os discurso de McCain e de Obama - já como canditados derrotado e eleito - "Presidente eleito" conclui uma narrativa centrado no eleitor.

O primeiro capítulo, "Cenário", apresenta o começo da campanha oficial, em fevereiro deste ano, e a alteração de comportamento dos eleitores americanos. Com foto e estado indicado, as pessoas justificam sua ida às urnas nas prévias da super terça (quando um grande número de estados americano escolhe os candidatos oficiais dos partidos). Como a presença do eleitor foi recorde, a narrativa retorna a 2006 para explicar o porquê de McCain e Obama terem sido os eleitos. A palavra "mudança" foi a chave de ambas candidaturas.

"Os candidatos" fala de como McCain e Obama são percebidos pelos americanos em função de suas histórias de vida, posicionamentos políticos e estratégias pessoais. Com belas fotos e vídeos de programas televisivos, discursos e debates, a narração conduz à nomeação e escolha de seus vices. Com a crise econômica, as campanhas mudam suas estratégias e Obama começa a se destacar.

Em "Os eleitores", questões como a falta de experiência de Obama e o ineditismo de uma candidatura negra em um país marcado pela luta de igualdade racial aparecem nos depoimentos. Nas fotos e declaração do fotógrafo que acompanhou a campanha de Obama, a verdadeira face dos afro-americanos aparece: emoção mediante o momento histórico de poder eleger um presidente negro. Por outro lado, os eleitores republicanos se dividiam entre apoio e aceitação a McCain, em função dele ser mais liberal, até a entrada da consevadora Sarah Palin. Diferentes pessoas declaram seus votos a um ou ao outro candidato.

No capítulo final, o presidente está eleito. E a beleza das fotografias em narração supera a alegria dos shows ou as falas dos discursos. A menina branca apoiando a mão de Obama que se entrelaça a outra; a moça negra que conforta o rapaz branco quando se ouve McCain aceitando a vitória de Obama; os olhos tristes e afetuosos das senhoras quando ouvem sobre a necessidade de apoio e união para o bem do país; as mãos, as cabeças, os símbolos, o choro dos eleitores de Obama. A esperança em forma de oração; o cansaço da espera; o sorriso, os braços, a alegria da vitória; a mistura de raças; a diversidade.

Boas narrativas constroem mitos, mas não fazem líderes.

Em termos técnicos, o som oscila ao passar de um capítulo para outro. E como vídeo em um jornal impresso é excelente, mas estando na web, não seria muito mais interessante se fosse interativo e multilinear? Poderia perder na grandiloqüência, ou para ser mais precisa, na força narrativa. Será?

Tanto Obama quanto McCain não eram os candidatos apoiados pela cúpula majoritária de seus partidos, que aceitou a decisão dos eleitores, a vontade popular. Por isso não é de estranhar que as palavras de seus discursos finais sejam tão parecidas.

Ok, publiquei no Gjol, mas resolvi colocar aqui tb. :-) Falha do "recesso".

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Tuesday, November 04, 2008

Blog em recesso

Car@s,

este blog está em momentâneo recesso.

Por favor, acompanhe minhas publicações no Blog do GJOL - Jornalismo & Internet.

Monday, August 18, 2008

Defesa de minha tese

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas convida:

Defesa pública da Tese de Doutorado de Carla Andrea Schwingel, intitulada:

“Sistemas de Produção de conteúdos no ciberjornalismo: a composição e a arquitetura da informação no desenvolvimento de produtos jornalísticos.”

EXAMINADORES:
Prof. Dr. Josenildo Luiz Guerra (UFS);
Prof. Dr. Javier Díaz Noci (Universidad del País Vasco);
Prof. Dr. Marcos Silva Palacios (POSCOM);
Prof. Dr. Othon Fernando Jambeiro Barbosa (POSCOM) e
Prof.. Dr. Elias Machado Gonçalves (Orientador).

Dia 20 de Agosto de 2008, Quarta-feira, às 14h, na Sala Multiuso da Faculdade de Comunicação.

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