Wednesday, February 27, 2008

Bahia anuncia obras do Parque Tecnológico

Uma interessante medida do governo federal é o incentivo à implantação de infra-estrutura em ciência e tecnologia nos estados brasileiros. A Bahia, desde o final de 2003, com a criação da SECTI - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, vem buscando "instrumentalizar-se". O anúncio do início das obras do Parque Tecnológico (TecnoVia) de Salvador parece ser mais um passo para o aproveitamento das verbas federais.

As obras serão construídas num terreno doado pela prefeitura soteropolitana na Avenida Paralela. O valor do investimento federal neste momento é de R$ 44,6 milhões. De acordo com a Secti, o Estado conseguiu a liberação do terreno dos órgãos ambientais, em abril de 2007. Vale lembrar que a área em questão é de preservação ambiental, mas também foram ali feitas faculdades, revendas de carros, condomínios de alto luxo...

Um dado interessante nisso tudo é que no Brasil, após a finalização das obras, haverá 40 Parques Tecnológicos (18 no sudeste, 12 no sul, 06 no nordeste, um no centro-oeste e um no norte). Na França há 80; no Reino Unido, 60; na Espanha, 35.

O ParqueTecnológico da Bahia tem a proposta de servir como consórcio de pesquisas universitárias, incubadoras e empresas de base tecnológica. Vamos esperar que seus processos sejam transparentes, com editais claros, câmaras de avaliação bem fundamentadas e que sirva, efetivamente, para o avanço da área de Tecnologias da Informação, onde o Jornalismo Digital e os sistemas de informação e de comunicação têm muito a crescer.

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CMSs nas redações americanas e brasileiras

O artigo "The delicate relationship in journalism: where content and production meet in the content management system: A comparative study of US and Brazil Newsroom Operations" é o primeiro resultado da pesquisa comparada "The Use of the content management systems in online newsrooms and academia", proposta por mim e pela doutoranda e professora assistente da Universidade do Texas, em Austin, Amy Schmitz Weiss. Será apresentado no III Colóquio Brasil-Estados Unidos de Estudos da Comunicação, nos dias 25 e 26 de março, na Universidade de Tulane, em Nova Orleans.
A pesquisa, inicialmente proposta como parte do convênio internacional de pesquisa entre a UFBA (GJOL) e a UT, visa compreender como os sistemas de publicação de conteúdos (ou de gestão, ou sistemas publicadores) contribuem ou não para o processo de produção jornalístico e se eles são um fator que restringe a divulgação e apresentação das notícias.
Apesar do trabalho não constar da página da Intercom, acredito que por ter sido analisado pela comissão nos Estados Unidos, estão listados ali os demais pesquisadores brasileiros que apresentarão artigos, bem como podem ser conferidas maiores informações do evento em português.

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Ainda Campus Party - NoSense

Só para registro, a remissão para a publicação de Jorge Rocha, exucaveiracover, do O Jornalismo Morreu, sobre as discussões no Campus Party. De forma sucinta, fala muito no vídeo. No texto, suas impressões do evento.
O trabalho acadêmico de Jorge, como professor e pesquisador, é continuidade de sua prática de utilização da internet e de jornalismo. Questões dicotômicas para a contemporaneidade da Comunicação e da sociedade como um todo, não fazem o menor sentido.

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Wednesday, February 20, 2008

UNIP lança site da Compós 2008

Com uma interessante, colorida-fractálica programação visual, hoje foi lançado o site específico da Compós 2008. O XVII Encontro Anual da COMPÓS acontecerá no período de 3 a 6 de junho de 2008, em São Paulo, no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, da Universidade Paulista – UNIP.

Este ano, os principais congressos na área de Comunicação e de Jornalismo serão em São Paulo. O resultado da seleção dos artigos inscritos para apresentação deverá no dia 03 de março. A inscrição para assistir ao evento pode ser feita no site da Associação.

Último dia para envio de trabalhos ao FNPJ 2008

Encerram-se hoje as inscrições para envio de textos para o Fórum de Professores de Jornalismo que neste ano ocorrerá de 18 a 21 de abril, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em SP.

Inf Fórum: http://www.fnpj.org.br/

Inf Encontro: http://www.fnpj.org.br/soac/ocs/index.php?cf=12

Tema Geral:
Perfil e condições para o exercício da docência em Jornalismo

*O envio e inscrição são feitos no site.

Tuesday, February 19, 2008

UFSM abre concurso para professor de JOL

Até o dia 19 de março, estão abertas as inscrições para concurso público na Universidade Federal de Santa Maria-RS. Quem tiver interesse, pode acessar o edital para verificar prazos e requisitos. São três vagas para a área: jornalismo digital, radiojornalismo e telejornalismo.
Ao contrário de concursos anteriores, este exige habilitação em Comunicação Social em Jornalismo ou Mídias Digitais ou em Rádio e TV. Certamente isso evitará futuros e possíveis dissabores, facilitando a vida da banca e dos concorrentes. O concurso é para professor assistente, o que significa ter titulação de mestre.

Vale lembrar que a cidade de Santa Maria é considerada o "Coração do Rio Grande" e que de lá saíram alguns importantes pesquisadores da área: Elias Machado, um dos fundadores e propositores da SBPJor, fundador do GJOL, professor da UFSC; Marcia Benetti Machado, diretora científica do SBPjor, ex-coordenadora do Grupo de Trabalho Estudos do Jornalismo na Compós, professora da UFRGS; Alfredo Vizeu, atual coordenador do GT de Jornalismo da Compós, professor da UFPE; dentre outros.
A professora Luciana Mielniczuk, uma das duas primeiras doutoras em Jornalismo Digital formadas no Brasil, pelo GJOL do PósCom, UFBA, é quem coordena a área de JOL na UFSM.

Para quem tem interesse, está é uma bela possibilidade de trabalhar em equipe e ajudar a estruturar um núcleo diferenciado de pesquisa.

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Monday, February 18, 2008

Ciberjornalismo no Campus Party

De terça-feira a sábado, oficinas, palestras, mesas temáticas e mesas redondas, além de bate-papos informais debateram, por tabela, o ciberjornalismo no maior evento sobre internet 2.0 já realizado no Brasil. Por tabela, porque não houve um espaço específico, uma programação voltada para as questões do jornalismo digital. Então, a área naturalmente ocupada pelos jornalistas, uma das comunidades mais ativas do Campus Party, foi a CampusBlog.

Coordenada por Lúcia Freitas , o CampusBlog mostrou quem bloga, para que bloga, como bloga e como se pode blogar. Com uma das programações mais acessíveis dos setores do evento (CampusBlog, BarCamp, Criatividade, Desenvolvimento, Modding, Games, Robótica, Música, Software Livre, Simulação e Astronomia), as palestras sempre com grande número de assistentes mostraram ferramentas para publicar conteúdos e para incrementar postagens.

Uma das brincadeiras, mas que denota a seriedade das alterações do processo de produção do jornalismo, foi o pterorepórteres dos veículos credenciados para a cobertura oficial do evento. O espaço de trabalho da chamada "imprensa tradicional" (muitos deles de mídia digital e blogueiros) foi um aquário na área central, entre as bancadas de computadores e os palcos das palestras e oficinas, no mais cartesiano modelo. Quando comentei a necessidade de discussões entre academia, mercado, jornalistas e usuários, Lúcia afirmou:"A ênfase desta comunicade é com a prática, com o fazer. A gente faz com a academia o mesmo que com os jornalistas, deixa ali no aquário".

A mesa temática "Jornalismo e a Nova Economia" foi o único evento específico na programação oficial. Anunciada anteriormente com a presença de outros colegas, foi composta por profissionais identificados como jornalistas, publicitários e blogueiros, como Pedro Dória, Heródoto Barbeiro, Suzana Apelbaum, Ethevaldo Siqueira, Fabiana Zanni, Paulo Bicarato, Solon Brochado, Jorge Rocha, Carlos Cardoso, Pollyana Ferrari e Carla Schwingel. Ou melhor, alguns como jornalistas e outros como blogueiros. Estava entre os blogueiros e identifiquei-me como mestre em cibercultura e doutoranda em jornalismo digital, Pollyana é mestre e doutora na área, Jorge é mestre em cognição o que o levou ao jornalismo colaborativo, tema de sua pesquisa e prática.

Mas de que isso importa? Importa porque somos um país pioneiro e diferenciado em estudos sobre o jornalismo digital. Temos alguns doutores e mestres formados na área. Nossas discussões, análises e proposições em nada devem para pesquisadores dos Estados Unidos, Europa e Oceania.

Em um universo complexo, não há mais espaços para as dicotomias que o jornalismo e os jornalistas insistem em empregar de forma reducionista. Que o próximo Campus Party venha com o ciberjornalismo em seu real contexto: multilinear, multifacetário, multimidiático, colaborativo, com todos os pontos de vista que compõem a prática, com todas as ações e teorias que trazem avanços.
Este Campus Party mostrou uma importante parcela. Parabéns à Lúcia. À gente, cabe pensar em como ajudar.

Crédito da foto mesa Jornalismo e a Nova Economia: WillPubli.

Este mesmo post está no Blog do GJOL - Jornalismo & Internet

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Saturday, February 16, 2008

Apesar de problemas, CP deixará saudades. E próximo que venha com mais ciberjornalismo

Hoje deu para começar a sentir o clima de final de festa se anunciando: pessoas cansadas, vírus proliferando não apenas nas máquinas, mas também no ar viciado de um ar condicionado central e as pessoas começando a ir embora. Isso sem falar na massiva presença de visitantes no setor aberto da feira...nada como matérias em rede nacional na redeglobodetelevisão.
Mas mesmo com todos os problemas que um evento deste porte possa ter, alguns relatados aí embaixo (posts anteriores), outros até mais sérios não comentados, o Campus Party certamente está sendo o maior evento tecnológico já executado no país.
Em um Brasil no qual as empresas fornecedoras de infra-estrutura tecnológica parecem estar muito mais preocupadas com os lucros do que com a boa qualidade de seus serviços, em que praticamente não temos conexão internet gratuita, em que questões de água e energia elétrica são comuns, fazer um evento deste porte é um desafio gigantesco.
Só mesmo a efervescência da cultura brasileira para superar tudo isso. E a competência e coragem de um trio que está por detrás de praticamente todas as iniciativas inovadoras, criativas e inclusivas na área de Tecnologias da Informação que tenha conhecimento no Brasil: Mario Teza, do Comitê Gestor e coordenador da área de SL do Campus Party; Sérgio Amadeu, ativista da inclusão digital e do SL, coordenador de conteúdos do Campus Party; e Marcelo Branco, diretor e coordenador geral do Campus Party.
Essa parceria é de anos...ainda bem.

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Friday, February 15, 2008

Diferencial do CampusBlog

Verdade seja dita, uma das áreas que melhor funcionou no Campus Party foi a CampusBlog. Coordenada por Lúcia Feitas, jornalista e blogueira, o CampusBlog teve uma programação direcionada à comunidade blogueira, em grande parte composta por jornalistas (com todas as redundâncias que muitas vezes precisamos). Talvez por uma definição de público alvo mesmo, ou por um cuidado na programação de palestras sobre as dúvidas comuns de quem bloga, ou pela articulação da comunidade, ou pela cobertura pela imprensa... o fato foi que deu certo.
Outras áreas muito ativas foram a do sempre Software Livre (que já tem os FISL em sua nona edição no Rio Grande do Sul e os Projetos SL em vários estados, com fóruns regionais e locais), nas bancadas e na arena; e a do Modding, muito mais nas bancadas; e Robótica.
A programação madrugadaadentro conectando todos os aficcionados rememorou o verdadeiro sentido de comunidade, aquele que Michel "gravatinha borboleta" Maffesoli teorizou como cultura do efêmero, na sociologia do cotidiano.

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Thursday, February 14, 2008

Reunião informal de jornalistas no Campus Party

Após a mesa "Jornalismo e a Nova Economia", alguns jornalistas se reuniram no espaço do CampusBlog para conversar sobre questões relativas ao Ciberjornalismo. Aquelas mesmas surgidas na apresentação do Interney.
Ao ser instigada a falar, comentei minhas preocupações com a formação jornalística, mas sobretudo com o distanciamento entre prática, estudos e mercado.
A idéia seria a de se discutir ciberjornalismo mesmo, conforme explicado aí abaixo, em todos os seus aspectos. Porém, como fazer isso sem definir temáticas, sem se ter exemplos brasileiros fundamentados da utilização internet, sem sequer termos uma noção clara do que falamos com ciberjornalismo, jornalismo digital, blogueiro ou qualquer outro termo relacionado ao ciberespaco e às praticas advindas da cibercultura.
Qualquer área para avançar necessita de definições, de clareza de compreensão.
Quem chamou os jornalistas para a discussão foi Ceila Santos, que relatou a experiência do Desabafo de Mãe.

Muito boa a participacao de Pedro Dória nestas discussoes - e na cobertura do evento. Sem receios de posicionar-se, mesmo sabendo que a oposição morava ao lado na figura de Cardoso. :-)

Então, como podemos falar sobre a internet, a blogosfera, o ciberjornalismo a partir de exemplos brasileiros? Como podemos falar de ciberjornalismo evidenciando o que acontece aqui e para além de achismos?
Muito provavelmente com pesquisa, análise ou, no caso jornalístico, com apuração bem feita.

Com dados e informações prévias da prática do ciberjornalismo brasileiro, podemos pensar em sistemas de produção e em modelos de negócio a serem aplicados e replicados.

Quem tiver interesse, e-mail-me.

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Jornalismo e nova economia

A mesa Jornalismo e a Nova Economia foi composta pelos palestrantes agendados e também contou com a participação de dez blogueiros. Jornalistas que não estão na grande mídia. Após um breve impasse, já que foi chamada e montada sem a presença destes, subimos com as próprias cadeiras.
O que ficou evidente foi a falsa dicotomia entre grande mídia e blogueiros, o que remete, a meu ver, à necessidade de compreensões das delimitações e fronteiras entre as práticas no ciberespaço. Não estávamos ali como blogueiros, mas sim como jornalistas blogueiros. E o que significa ser um blogueiro? E um jornalista blogueiro? Todo jornalista que não está na grande mídia ao publicar informações contantes em seu site na internet é um blogueiro? O que faz um blog ser jornalístico? Quais são os limites entre um blog e um Sistema de Gestão de Conteúdos, já que os blogs cada vez mais incorporam ferramentas a seu formato tradicional de publicação?
Questões e mais questões, que certamente não serão respondidas mediante uma oposição entre jornalistas e blogueiros. Mas quem sabe talvez venham a ser delineadas se pensarmos em termos de ciberjornalismo.
Isso sem mencionar a academia e a questão teoria X prática, que na quarta-feira havia surgido em algumas conversas...

Oficinas e Organização do Campus Party

Desde terça-feira, tenho conversado com pessoas que comentam irem para cursos e oficinas que acabam acontecendo aos pedaços. São apresentadas reduzindo conteúdo ou mesmo canceladas devido à falta de configurações ou mesmo de condições de serem oferecidas. Hoje vivenciei tal experiência.
13h, Oficina de Zope, Plone, ministrada pela Serpro. Epopéia: chegar na recepção, perguntar onde seria a oficina (parte delas são no térreo, salas ao lado da recepção; parte no primeiro andar, onde está a arena), encontrar a sala... Então, ninguém por ali soube me dizer onde seria a oficina e nenhuma das folhas indicativas nas portas continha o nome da que buscava. A menina da recepção disse para que procurasse no site (o que mais uma vez denota o despreparo para o atendimento do público de evento com as características do Campus Party, que obviamente já procurou inúmeras vezes na internet), mas tudo bem. Chegando na área do Software Livre, no primeiro andar, havia uma ilha de computadores com um telão e, perguntando, disseram-me que seria ali. E os problemas passaram a ser outros: primeiro o computador do palestrante estava sem conexão, alguns PCs da ilha estavam sem conexão, o sistema não pode ser instalado porque a máquina não continha aplicativos. Para nao cancelar a oficina, o instrutor passou a mostrar o Plone de sua página pessoal e, quando finalmente conseguiu instalar e compilar o que necessitava para baixar, rodar e instalar o Plone, mostrando suas funcionalidade, começou uma palestra na área de robótica, que era ao lado, com o som altíssimo, impedindo a comunicação entre as quatro pressoas envolvidas na oficina.
Quatro pessoas. Isso mesmo, com o instrutor. A única informação desta oficina era um quadrado vermelho na programação de... segunda-feira. Quem olhou na quinta, nada encontrou.
O Plone é um sistema de gestão de conteúdo ou content managment system (CMS) usado em vários sites do Governo Federal e adotado pela Serpro como padrão para a composição e publicação de sites governamentais. É uma ferramenta automatizada para a publicação de conteúdos.
Muito de meu interesse na Oficina foi em descobrir por que todos os sites feitos pelo Plone ficam com aquela cara de tabelão, de "eu sou um CMS". A explicação dada não foi por limitação técnica, mas sim de pessoal, em função da maioria dos órgãos federais não possuírem designers ou arquitetos da informação, mas sim analistas, que programam as áreas de visualização e só.
Outro motivo para adoção do Plone foi devido à segurança. Ele foi um o sistema mais seguro testado.
Se a limitação não é técnica, não compreeendo o motivo da Serpro até o momento não ter investido nesta área de design e de comunicação.

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Eventos recomendados para hoje no Campus Party

Hoje ocorrerão várias oficinas. Às 17h, terá uma mesa no palco principal sobre Jornalismo e a Nova Economia, vamos ver...
E às 20h tem Steven Johnson.

Segue o que a organização recomenda...

12 h - Reactable: como funciona (Momento Telefônica - Palco Principal)
13 h - Oficina Cinelerra (Criatividade)
13 h - Fotografia digital para blogs (CampusBlog)
15 h - Oficina Drupal (CampusBlog)
15h30 - Bate-papo com Marimoon (Criatividade)
16 h - Fazendo e lançando seu foguete (Astronomia)
17 h - Oficina Ginga (Software Livre)
17 h - Jornalismo e a nova economia (Campus Media - Palco principal)
19 h - MadDog (Momento Telefônica - Palco Principal)
20 h - Steven Johnson (CampusBlg - Palco principal)

Cobertura do Campus Party na Folha

Ontem o caderno de Informática da Folha de São Paulo, matéria anunciada no destaque para as chamadas da editoria na capa do jornal, dedicou uma de suas doze páginas ao evento. Como assim? Sim, uma de suas doze páginas, com um jornalista em "colaboração".
Então, o suplemento de informática de um dos maiores jornais brasileiros, em um evento na cidade de São Paulo, ou seja, com o aspecto proximidade no máximo grau notícia, possui interesse limitado em acontecimento que mobiliza milhares de pessoas de todo o Brasil?
Tá certo que seu editor está em Barcelona, cobrindo o Mobile World Congress, com grandes empresas disputando filões de mercado.
Mas os leitores da Folha estão aqui. E os leitores dos próximos anos do suplemento de informática da Folha estão no Campus Party. Nâo ter a dimensão da importância de um evento deste porte para as teconologias da informação, para a comunidade internet brasileira e para a fidelização de leitores é indubitavelmente uma limitação.
Quanto ao conteúdo da matéria, que frustrou a muitos organizadores e participantes, considero bem apurado. Ele conhece o que está falando e reflete o sentimento que muitos tiveram principalmente nos dois primeiros dias do evento: a organização, atendimento, recebimento deixou sim muito a desejar. E as mesas lá em cima estão vazias sim. E muitas pessoas queriam entrar e não puderam. Por quê?
Bom, isso é para outra postagem.

Ciberjornalismo na maior festa tecnológica do país de 2008?

A Campus Party ontem foi anunciada como o maior evento tecnológico não do país, mas do mundo. O que certamente é um exagero, vide alguns eventos festivos-tecnológicos que ocorrem nos Estados Unidos, algumas feiras e afins.
Mas que seja senão o maior, o mais significativo do Brasil em 2008. E em um evento deste porte, com mais de 3 mil pessoas circulando pela área restrita - onde se encontram as bancadas de computadores (CompusBlog, BarCampus, Criatividade, Desenvolvimento, Games, Modding, Robótica, Software Livre e Astronomia); os palcos com as palestras e o que compõe efetivamente este evento: as diversas comunidades de ativistas ou de utilizadores de internet - e com vários e vários jornalistas, senão cobrindo participando ativamente (blogueiros, vinculados a ONGs, a instituições), não há discussões sobre Ciberjornalismo.
Então, o espaço por excelência coleguinhas acabou ficando o CampusBlog, mas ciberjornalista não é blogueiro. Este pode ser ciberjornalista, se assim desejar e - efetivamente - praticar.
Questões mais amplas como Jornalismo Participativo, incorporação de blogs pela grande imprensa, surgimento dos blogs jornalísticos, delimitações entre um blog e outras ferramentas de publicação, categorizações de blogs; e mais específicas como o que caracteriza um blog como jornalístico, o que é notícia ou o que é informação, diferenças entre informação e conteúdo, dentre outras ficaram à margem.
Ontem, durante a palestra de Edney Souza, do Interney, um dos mais conhecidos blogueiros do país, com dicas de "como ser um blogueiro de sucesso e influenciar pessoas", ficou evidente a necessidade de discussões em pouco mais específicas sobre Ciberjornalismo.
Afinal, temos bons estudos e boas práticas neste país em Ciberjornalismo para quê? Para avnaçarmos ou para definirmos áreas estanques ou nichos. A discussão da dicotomia entre teoria e prática no jornalismo é dos anos de 1970. Época que talvez a maioria das pessoas ali ou tenham nascido ou somente ouviram falar pelas cores brilhantes, roupas extravagantes ou pelo glam rock ou porque devia ser difícil viver sem internet.

Monday, February 11, 2008

E o robozinho fica preso na alfandega

Entao, em um pais que tanta coisa passa na alfandega, o robozinho eh quem paga o pato.
Mas chegou.

Estrutura manual no Campus Party

Hoje teve inicio, em Sao Paulo, o CampusParty, um dos maiores eventos de tecnologia que ocorrera no pais em 2008. Com 3.000 inscritos que podem ficar acampados, uitlizar conexoes de alta velocidade, assistir a palestras de grandes nomes de areas diversas como blogs, softwares livres, comunidades virtuais, robotica, astronomia, fazer cursos; e com um espaco de feira de tecnologia, que eh muito mais o Party do que o Campus, o evento parece prometer.
E prometia. Como um evento de tecnologia, os instrumentos de fiscalizacao e controle de entradas e saidas dos distintos locais (acantonamento, conexao, registro de equipamentos) sao na base da caneta e papel. E muitas vezes do papelzinho.
Momento Tecnologico 1: no portao de entrada, os segurancas lhe informa que o credenciamento eh ali, no balcao mais adiante. Voce fornece o seu apelido, que eh localizado em uma listagem de papel e na pilha de crachas, Isso para quem chegou mais tarde. Para quem chegou mais cedo a situacao parece que foi ainda mais tecnologizada. A pessoa na fila recebia um papelzinho para escrever seu nickname, escrevia a caneta. Chegava no balcao, entregava o papelzinho com o nick. O atendente procurava o nick na lista, confirmava o nome da pessoa, escrevia o nome ao lado do nick e entragav o cracha.
Momento Tecnologico 2: ja devidamento munido de sua credencial em forma de cracha, o campuseiro podia buscar literalmente o seu espaco: a barraca para montar acampamento. Subindo as rampas com mochilas e equipamentos, ele chegavaa uma mesa na qual as pessoas sentadas vasculhavem listagens impressas em folhas de oficio. Ao fornecer o seu nome, a pessoa sentada o procurava na lista e, achando-o, riscava-o e permitia o acesso do inocente ao ultimo andar do evento, onde nada mais havia do que espacos a serem ocupados por barraquinhas azuis do patrocinador. Caso o nome nao estivesse, a ser o escrevia a caneta no final da listagem ou da folha e autorizava a passagem do vivente. Pronto: campuseiro dotado de barraca para montagem ou compauseiro (os retardatarios) procurando barracas vazias.
Momento Tecnologico 3: Com cracha, com barraca, melhor cadastrar os equipamentos. Ao chegar na mesa para pegar a tal chave digital que conteria dados como identidade, nome completo para poder sair com eles do evento, descobre-se ser um adesivo.
O MOmento 4, 5, 6...completarei em uma madrugada sem sono...quando tb farei a correção disso aí sem acento e sem revisão :-)