Monday, March 31, 2008

Estudantes da UFBA são barrados na Irlanda

Saio do tema central, para divulgar esta nota pública da reitoria da UFBA. Dois estudantes da UFBA com vinculações e condições permanentes na Comunidade Européia, com compravação de renda (bolsas) foram barrados no aeroporto de Dublin, Irlanda.
NOTA PÚBLICA

A Reitoria da Universidade Federal da Bahia tomou conhecimento, hoje, que os seus estudantes Maria Almeida Dias (Medicina) e André Luiz Santos São Pedro (Farmácia), que se encontram em programa de intercâmbio oficial com a Universidade do Porto, em Portugal, ao chegarem ao aeroporto de Dublin, na Republica da Irlanda, na última quinta-feira (20 de março) foram interceptados, impedidos de entrar no país, retidos e conduzidos a uma prisão comum, onde permaneceram por 48 horas em condições indistinguíveis daquelas da população carcerária lá existente e, em seguida, deportados para Portugal, onde têm residência temporária oficial comprovada.

A nossa Assessoria Internacional apurou que, ao serem interpelados pelos oficiais de imigração irlandeses, os estudantes demonstraram, de forma documentada, seus vínculos oficiais com a UFBA e a Universidade de Porto, suas passagens de retorno a Portugal, logo em seguida, e ao Brasil, ao fim do seu período de estudos, assim como dinheiro em espécie e cartões de crédito internacionais que lhes garantiam liquidez monetária superior a 1.500 euros, quantia mais que suficiente para um período previsto de sete dias de visita.

O ato de imigração exarado pelos oficiais irlandeses de turno naquele momento no aeroporto de Dublin indica, como razão para o denego de entrada na Irlanda, “que o estrangeiro não está em condições de manter-se ou a qualquer dependente que o acompanha”, o que se configura absolutamente inverídico, dadas as consubstanciadas provas de liquidez monetária apresentadas pelos nossos estudantes.

A Universidade Federal da Bahia manifesta seu veemente repúdio a este gesto arbitrário, contrário ao espírito de fraternidade entre os povos, alheio às práticas comuns de intercâmbio acadêmico vigentes internacionalmente, de teor jurídico precário e de absoluta falta de humanidade.

A par do repúdio já manifesto, requeremos das autoridades irlandesas que expliquem, justifiquem e embasem as razões de tais medidas ou assumam o caráter arbitrário e desmedido dos acontecimentos acima relatados. Ademais, expressamos nossa mais estreita solidariedade com os estudantes que sofreram injustificados constrangimentos e humilhação.

Salvador, 26 de março de 2008


Naomar Monteiro de Almeida Filho

Reitor, Universidade Federal da Bahia

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